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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Permissividade

Em uma cidade conhecida principalmente pela redondeza como “cidades das águas”, devido as grandes nascentes, rios, e cachoeiras da região. Morava um vereador chamado José.

Ele era um homem de personalidade muito forte, pai de família, casado com a Dona Maria e tinha apenas um único filho chamado Lucas. O garoto desde pequeno apresentava ser um  bastante rebelde.
 
Como vereador José sempre se mostrou interessado pelas necessidades da região. Assim, ele se preocupava em agradar as pessoas, e  por ser um homem bastante respeitador sempre cativou a alegria do povo de sua cidade.
 
Contudo, José tinha um enorme defeito, era uma pessoa altamente ambiciosa, sempre se preocupou em subir de cargo, ser um homem bem sucedido e devido a isso acabava deixando de lado sua família por causa da correria do dia-a-dia. Por isso, chegava em casa tarde.
 
Como pai José era um bom homem, apesar de ficar pouco tempo com seu filho, ele não deixava faltar nada,  pagava as mensalidades escolares, brinquedos e roupas caras. Desde pequeno, quando Lucas aprontava alguma travessura em casa seu pai era quem assumia a culpa, para que assim não lhes chamassem a atenção.
 
Com o passar do tempo, Lucas foi crescendo e sempre cobrava a falta de atenção paterna e para compensar essa ausência seus pais sempre acabava aceitando seus pedidos por mais difícil que fosse e com isso seu filho foi-se acostumando com a situação e proteção
 
Quando Lucas completou seus 17 anos, ele era um garoto bastante ‘livre’, saia e chegava na hora em que quisesse, sem dar a mínima satisfação. Sua mãe às vezes se preocupava com seu filho, pois ele saia com más influencias e passou a chegar bêbado em casa. Mas seu pai por confiar bastante em seu filho e por não estar presente para ver o que estava acontecendo não se preocupava. Dona Maria deixava a situação como estava e vivia como se nada estivesse acontecendo.   
 
Porém, em um sábado à noite, José por conhecidencia chegou mais cedo em sua casa às 9 horas da noite no carro oficial da prefeitura. Ele havia chegado de uma reunião que aconteceu na prefeitura e perdurou por mais de 8 horas e quando chegou a sua casa estava bastante cansado.
 
Lucas ao ouvir o barulho do carro não demorou em descer de seu quarto e pedir-lhe o carro emprestado para ir a uma festa na casa de seu amigo.
 
José até que não queria emprestar o carro porque o veículo não era seu e sim da prefeitura e também Lucas era menor de idade, mas acabou cedendo ao pedido de seu filho como das outras vezes.
 
Lucas foi à festa e bebeu bastante. Quando vinha embora da festa, completamente alcoolizado no carro em que seu pai lhe emprestou. O trânsito estava bastante movimentado, atravessou o sinal fechado do semáforo batendo em cheio em outro veículo. Ele ficou bastante ferido e foi levado para o hospital e o carro em que estava ficou bastante destruído. 
 
Os pais de Lucas quando souberam do acidente foram imediatamente para o hospital. Quanto ao carro, quando José soube da destruição do veículo da prefeitura assumiu a responsabilidade para si.
 
Os danos foram de natureza material e José pagou os danos deixando seu filho sem pagar as mínimas conseqüências e isso deixa claro como a permissividade de seu pai teve conseqüências traumáticas.
 
Patrícia de Arruda Silva
4º Ano Técnico em Alimentos
Texto produzido na 3ª Edição do Circuito do Livro